Medicação para tireóide reduz risco de parto prematuro


Hormônio sintético reduz risco de parto prematuro

Um novo estudo, realizado na Universidade de Cardiff, coordenado pelo Dr. Peter Taylor indica que gestantes com hipotireoidismo leve podem beneficiar do tratamento com levotiroxina.

levotiroxina, cuja eficácia foi avaliada neste estudo, é um hormônio sintético usado no tratamento de problemas da tiróide.

Substituição hormonal como prevenção do parto prematuro

Embora o hipotireoidismo leve não seja normalmente alvo de medicação, o desequilíbrio hormonal resultante pode influenciar negativamente o desenvolvimento do bebê, resultando num aumento do risco de parto prematuro e morte fetal, bem como problemas de desenvolvimento na infância, particularmente ao nível cognitivo.

Os dados obtidos no estudo indicam que:

  • Os riscos de parto prematuro e baixo peso do bebê diminuíram significativamente no grupo de gestantes tratadas com levotiroxina.
  • No grupo tratado com levotiroxina não foram registados casos de morte fetal.
  • Verificou-se uma redução substancial do risco de cesariana entre as participantes do estudo que receberam tratamento de substituição hormonal.

Participaram neste estudo 13.224 gestantes, das quais 645 apresentavam distúrbios da tireóide, tendo sido submetidas ao tratamento experimental 236 gestantes

Tendo em conta que o bebê não consegue produzir hormônios tireoideanos antes do segundo trimestre e sua disponibilidade desempenha um papel fundamental no desenvolvimento neurológico, a opção por este tipo de suplementação hormonal poderá ter um efeito positivo na redução dos riscos gestacionais, nos casos em que a mãe sofra de hipotireoidismo leve.

Perspetivas para o futuro na prevenção do parto prematuro

Apesar de serem necessários mais estudos para corroborar estes resultados preliminares, os autores do estudo mostram-se otimistas e acreditam que no futuro o rastreio de problemas da tireóide na gravidez ocupará um lugar importante na prevenção do parto prematuro bem como na redução do risco de morte fetal.

Fontes:Science Daily, Endocrine Abstracts

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