Saúde do bebê: 7 problemas comuns que você deve conhecer
7 problemas de saúde comuns que podem afetar o seu bebê
Apesar de raramente serem graves, os pequenos problemas de saúde que afetam o bebê nos primeiros anos de vida são quase sempre uma fonte de preocupação, especialmente para mamães e papais menos experientes.
Identificar e resolver esses problemas é ainda mais difícil nos primeiros anos de vida, antes do bebê aprender a falar e o seu vocabulário lhe permitir expressar o desconforto de uma forma que os adultos entendam, pois as únicas dicas que ele nos dá são o choro e as alterações de comportamento.
Por esse motivo, preparamos essa matéria para que você consiga identificar mais facilmente alguns dos problemas mais comuns que podem afligir o seu bebê.
Refluxo
O refluxo gastroesofágico é um dos problemas mais comuns no recém-nascido, afetando cerca de 50% dos bebês com menos de três meses e consiste na regurgitação de parte do leite ingerido, devido à imaturidade da válvula que liga o esófago ao estômago.
Este problema pode dificultar a alimentação e fazer com que o bebê ganhe peso de uma forma mais lenta, mas tende a resolver-se espontaneamente com o crescimento do bebê.
Apesar de uma pequena parte dos bebês (5% a 8%) desenvolver uma forma mais persistente de refluxo, chamada Doença do Refluxo Gastroesofágico, a maioria dos bebês deixa de ter sintomas por volta dos 10 meses. Nos casos mais complicados, poderá ser necessário encaminhar o bebê para um gastroenterologista a fim de se proceder ao tratamento adequado.
Veja as dicas para lidar com o refluxo do seu bebê em nosso artigo sobre o Refluxo Infantil.
Cólicas
Foto: Bigstock.com
São um dos maiores pesadelos de toda a mãe ou pai de primeira viagem, pois dificultam as rotinas mais simples e fazem com que fiquemos muitas vezes acordados horas a fio, tentando acalmar o nosso bebê.
Estima-se que as cólicas atinjam cerca de 20% dos recém-nascidos, o que equivale a 1 em cada 5 bebês, mas a sua origem continua a dividir os especialistas, suspeitando-se no entanto que tenham a ver com a imaturidade do organismo do bebê, principalmente do sistema nervoso, o que motiva uma menor tolerância aos novos estímulos a que o bebê está exposto diariamente.
Considera-se que um bebê sofre de cólicas, quando:
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Chora mais do que 3 horas por dia.
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Mais de 3 vezes por semana.
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Durante um período superior a 3 semanas.
Para mais informação e dicas úteis, consulte o nosso artigo sobre cólicas no bebê.
Estridor
Considera-se que um bebê sofre de estridor quando este tem uma respiração ruidosa e aguda (diferente do ressonar), geralmente causada pela imaturidade dos tecidos da laringe.
Para além do ruído, que pode dificultar o sono dos pais, este problema é geralmente inofensivo, mas é aconselhável investigar prontamente a sua causa, pois em alguns casos o estridor pode ser acompanhado de dispneia ou cianose, que significam a existência de um problema respiratório.
Para saber mais sobre o estridor e as suas causas, consulte o nosso artigo sobre estridor no recém-nascido.
Dor de ouvido
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A dor de ouvido é muito comum nos bebês, sendo causada na maior parte das vezes por uma infecção no ouvido médio chamada de otite.
Além da otite, que pode necessitar de tratamento, a dor de ouvido pode ter outras causas, como objectos alojados no ouvido ou lesões, pelo que a sua origem deve ser sempre investigada pelo pediatra.
Febre
A febre no bebê pode ter diversas causas, tais como infecções respiratórias, otites ou resfriados e caracteriza-se por um aumento da temperatura corporal:
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Temperatura igual ou superior a 38º C – se a medição for feita no recto.
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Temperatura igual ou superior a 37,4 º C – se a medição for feita na axila.
Na maior parte das vezes a febre é passageira, mas se esta não desaparecer num prazo de 48h, o bebê deve ser observado por um pediatra.
No caso de bebês com idade inferior a 3 meses, a febre deve ser avaliada imediatamente por um pediatra.
Da mesma forma, bebês com mais de 3 meses que apresentem outros sintomas além da febre, tais como dificuldade em respirar, prostração ou convulsões, devem igualmente ser observados por um pediatra.
Hemangioma
O Hemangioma é um tumor benigno de origem vascular (formado por vasos sanguíneos) que geralmente se manifesta na pele do bebê, formando áreas de cor avermelhada ou roxa, que podem ser salientes.
A maior parte dos hemangiomas desaparece entre os 5 e os 10 anos de idade, num processo gradual de involução (o hemangioma diminui de tamanho).
No entanto, em alguns casos, particularmente quando se situam na cabeça, os hemangiomas podem crescer demasiado e afetar funções importantes como a visão, a fala ou a capacidade do bebê se alimentar corretamente.
O hemangioma infantil, quando situado na laringe, pode ainda estar relacionado com o estridor do bebê.
Gases
O acúmulo de gases é uma das razões mais comuns para o desconforto e choro do bebê e é muitas vezes confundido com a síndrome de cólicas.
No entanto, os gases tendem a ser um problema passageiro que se resolve facilmente com uma mudança de dieta do bebê ou alterações na rotina alimentar, como trocar de mamadeira ou ajudar o bebê a arrotar.
Para mais dicas sobre este assunto, consulte o nosso artigo sobre gases no bebê.