Guia da Grávida

Gases no bebê: o que fazer?

Saiba como lidar com os gases do seu bebê

A formação de gases é muito comum nos bebês com menos de três meses, devido a imaturidade do seu sistema digestivo, havendo uma tendência para a diminuição dos gases após esse período.

No entanto, é normal que os gases voltem por volta dos 6 meses, quando começamos a introduzir alimentos sólidos na sua dieta. Aliás, qualquer introdução de novos alimentos durante o primeiro ano de vida, exige um período de adaptação em que o seu bebê poderá ter algumas dificuldades de digestão, que podem resultar na formação de gases ou mesmo no aparecimento de cólicas.

Apesar da formação de gases ser algo normal, estes podem causar dor e desconforto no bebê, pelo que se o seu bebê chora sem razão aparente (levantando as pernas e arqueando as costas, ao mesmo tempo que solta puns), é bem provável que se trate de acumulação de gases.

Veja em seguida como identificar os sintomas e aliviar os gases do seu bebê.

Quais são os sintomas de gases no bebê?

Quando o seu bebê retém gases no aparelho digestivo, você poderá notar os seguintes sintomas:

O que causa a formação de gases?

Além da imaturidade do sistema digestivo, uma das causas mais comuns para a formação de gases é o fato de o bebê engolir demasiado ar durante a mamada.

Para evitar a formação de gases durante a mamada, tente mudar a posição do bebê de modo a que a cabeça fique mais alta do que o estômago. Dessa forma, o leite irá para o fundo do estômago, ficando o ar na parte superior, o que facilita a sua saída quando o bebê arrota.

Para libertar os gases após a mamada, dê alguns tapinhas leves, ou faça uma massagem nas costas, enquanto segura o bebê junto ao peito.

Outras causas comuns para a formação de gases são:

Que alimentos causam a formação de gases?

Quando começamos a introduzir novos alimentos na dieta do bebê, especialmente nos primeiros meses, é normal que ocorra uma maior formação de gases. Entre as causas alimentares mais comuns da formação de gases estão:

No entanto, os gases também podem surgir quando o bebê é alimentado apenas com leite materno ou fórmula láctea, devido a intolerância a certas proteínas contidas no leite materno ou no seu substituto.

No caso de haver intolerância ao leite materno, é necessário alterar a dieta da mãe de modo a que o leite materno não contenha a proteína que causa a intolerância. Encontrar a proteína responsável pode ser um processo de tentativa e erro, mas geralmente esse tipo de intolerância está relacionado com a ingestão de laticínios.

No caso da fórmula láctea, o problema é geralmente resolvido com a prescrição de uma fórmula láctea hipoalergênica.

Como aliviar os gases do bebê?

Dependendo da causa dos gases, existem diferentes estratégias que você poderá aplicar para evitar ou aliviar os gases do seu bebê.

Como distinguir os gases de cólicas?

Em geral, o seu bebê irá acalmar após libertar os gases acumulados. No entanto, em alguns casos, o problema pode ser um pouco mais complicado e o seu bebê pode fazer parte dos 20% que são atingidos por cólicas.

Se isso acontecer não se preocupe, pois as cólicas acabam por passar espontaneamente, mas prepare-se para alguns meses de sofrimento com o choro constante do seu bebê.

Sintomas de cólicas

O bebê tem menos de 5 meses e:

Além disso, tal como no caso de gases, o seu bebê tende a:

As cólicas não são causadas pelo acúmulo de gases, mas sim por uma combinação de vários fatores que poderá ter a ver com a falta de maturidade dos sistemas digestivo e nervoso do bebê. No entanto, o inverso é verdade, uma vez que as cólicas podem causar a formação de gases no bebê, devido ao fato do bebê engolir mais ar ao chorar.

Em geral, as cólicas tendem a melhorar após os 3 meses de idade, diminuindo progressivamente durante os meses seguintes até desaparecerem completamente.

Apesar das cólicas não serem razão de preocupação, é uma boa ideia levar o bebê ao pediatra para confirmar que se trata efetivamente de cólicas.

Quando consultar o médico?

Em alguns casos, os gases podem ser acompanhados por outros sintomas que indicam a possibilidade de existirem outros problemas. Por isso, deve contatar o pediatra sempre que:

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