Guia da Grávida

Menino ou menina: Como saber o sexo do bebê

Conheça as técnicas que permitem saber o sexo do bebê

A tendência natural para tentar controlar os eventos importantes da nossa vida, faz com que a informação sobre o sexo do bebê seja um dado muito importante para uma boa parte dos pais.Com essa informação será possível iniciar uma nova fase na preparação para o nascimento de um novo membro da família, que passa pela escolha do nome, compra de roupa e pela decoração do quarto do bebê.

Mas nem todos os pais valorizam essa informação da mesma forma, havendo aqueles que preferem não saber o sexo do bebê, apesar de os médicos lhes poderem fornecer essa informação.

A vontade de manter o mistério e deixar a revelação do sexo do bebê para o momento do parto pode ter várias explicações, desde a vontade de viver a gravidez como “antigamente”, em que a incerteza era o único dado adquirido, até ao simples desejo de serem surpreendidos no dia do nascimento do bebê.

Inclusive, há casos em que os pais, por razões religiosas ou pessoais, optam por não receber nenhuma informação adicional sobre o bebê, incluindo o risco de cromossomopatias e outros problemas congênitos, deixando a gravidez decorrer com o mínimo de intervenção médica.

Como (e quando) é possível saber o sexo do bebê?

Para os pais que optam por saber, isso é normalmente possível a partir do segundo trimestre, através do exame de ultra-som realizado entre as 16 e as 20 semanas de gestação.

Através da observação direta da imagem gerada pelo ultra-som, o técnico poderá conseguir determinar qual o sexo do bebê, desde que este esteja numa posição favorável para que os genitais possam ser observados.

No entanto, se o bebê não se encontrar na posição ideal, ou se o cordão umbilical dificultar a observação dos genitais, poderá não ser possível determinar com segurança o sexo do bebê. Nesse caso, a determinação do sexo terá de ser feita durante a ultra-sonografia seguinte, que é realizada durante o último trimestre da gravidez.

Por que apenas é possível saber o sexo do bebê a partir do 2.º trimestre?

Isso tem a ver com as limitações da ultra-sonografia, pois apesar dos aparelhos atuais fornecerem uma imagem bastante detalhada, esta não é suficiente para distinguir o sexo de um bebê com menos de 14 semanas de gestação, uma vez que imagem dos genitais gerada pelo ultra-som seria muito semelhante, quer se tratasse de uma menina ou de um menino.

Existem outras formas de saber o sexo do bebê?

Além da ultra-sonografia, também é possível saber o sexo do bebê através da realização de uma amniocentese ou de uma biópsia do vilo corial, mas apesar de serem muito precisos (cerca de 99% de margem de acerto), esses procedimentos apenas são aconselhados no caso de haver suspeita de cromossomopatias ou mal-formações congênitas, pois ambas as técnicas envolvem um pequeno risco de aborto.

Existe ainda a possibilidade de realizar um teste de ADN (sexagem fetal), que permite detectar fragmentos do cromossoma masculino na corrente sanguínea da mãe, determinando o sexo do bebê por exclusão. No entanto, apesar de também ter um alto grau de precisão (entre 94,8% e 98,8%), este teste raramente é realizado devido ao fato de ser demasiado caro para a maioria dos pais.

Mitos acerca do sexo do bebê

Mas apesar dos meios tecnológicos à disposição dos pais, ainda existem muitos pais que preferem confiar na sabedoria popular para tentar adivinhar o sexo do bebê.

No entanto, esses métodos nada têm de científico e podem levar a conclusões erradas e falsas expectativas, podendo originar sentimentos de frustração em relação ao bebê.

Por isso, evite confiar nesse tipo de testes mesmo que lhe pareçam plausíveis e que mais do que uma pessoa lhe diga “comigo funcionou”, pois a eficácia aparente destes “testes” deve-se unicamente ao fato de estarmos a lidar com um cenário em que as chances são 50/50.

É por isso que se alguém disser “o seu bebê vai ser uma menina”, terá à partida 50% de chances de acertar (pois só existem duas possibilidades). Da mesma forma, a mesma pessoa terá também 50% de chances de errar. É o mesmo que tentar adivinhar se vai sair “cara” ou “coroa” quando atiramos uma moeda ao ar.

Isso faz com que a margem de “acerto” desses métodos populares pareça grande, quando na realidade é apenas uma questão de sorte.

Desfazendo alguns mitos

  1. A forma da barriga – Não existe nenhuma relação entre a forma da barriga e o sexo do bebê. Uma barriga mais ou menos pontiaguda apenas tem a ver com a posição do bebê e com a forma como os músculos da mãe se distendem, não com o sexo do bebê.
  2. Desejo de doces ou comidas amargas – Existe o mito de que se uma mulher sentir o desejo de comer doces estará esperando um menino, mas se sentir o desejo de comidas amargas, estará esperando uma menina. Não existe relação entre os desejos alimentares e o sexo do bebê, podendo haver o desejo de comidas doces quando se espera uma menina ou vice-versa. Apesar dos desejos alimentares não terem uma origem clara, pensa-se que tem a ver com pequenos défices nutricionais.
  3. Tabelas e calendários – Algumas pessoas optam por recorrer a calendários chineses para determinar o sexo do bebê. No entanto, não existe nenhuma relação entre o mês de concepção, a idade da mãe e o sexo do bebê. A determinação do sexo depende apenas de fatores biológicos, não tem rigorosamente nada a ver com astrologia.
  4. Fios de cabelo e anéis sobre a barriga – O resultado de balançar a aliança sobre a barriga tem exatamente o mesmo efeito que atirar uma moeda ao ar. Será pura sorte se você acertar no sexo do bebê.
  5. Enjôo matinal – Existe a idéia de que uma mulher com forte enjôo matinal estará esperando uma menina. Embora alguns estudos apontem para uma relação entre os casos extremos de enjôo e o nascimento de bebês do sexo feminino, é perfeitamente possível ter enjôo muito forte e estar esperando um menino, pelo que esse método não é fiável.
  6. Ritmo cardíaco – Algumas pessoas pensam que se o ritmo cardíaco do bebê for superior a 140 bpm, se trata de uma menina. No entanto, não existe qualquer diferença entre sexos no que toca ao ritmo cardíaco durante a gestação. Apenas quando o nascimento está iminente é possível detectar diferenças no ritmo cardíaco (o coração de um bebê do sexo feminino bate mais rápido nessa altura), mas mesmo aí há uma grande margem para erro.

Em resumo

A forma mais segura para saber o sexo do bebê é realização de um exame de ultra-som a partir das 16 semanas de gestação, pois a partir desse momento é possível fazer uma observação direta dos genitais com uma alta margem de acerto.

Existem outras alternativas mais fiáveis, como a amniocentese ou a biópsia do vilo corial, mas têm a desvantagem de apresentar riscos para o bebê. Há também a possibilidade de realizar um teste de DNA, mas esse método é geralmente descartado pelos pais devido ao preço elevado do teste.

Por fim, existem os métodos populares, que se baseiam unicamente em tentativas de adivinhação. Pelo que, se você tem curiosidade em saber o sexo do seu bebê, o melhor mesmo é esperar pelos exames de ultra-som, pois esses métodos não têm qualquer fundamento científico e poderão induzi-la em erro quanto ao sexo do bebê.

 

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