O que é a Biópsia de Vilo Corial?


A biópsia coriônica ou de vilo corial

A biópsia de vilo corial, também conhecida como biópsia coriônica é um exame invasivo, feito a partir de uma amostra da placenta, que tal como a amniocentese, permite diagnosticar anomalias cromossômicas, como o Síndrome de Down ou doenças hereditárias como a Fibrose Cística.

Quando é aconselhável fazer a Biópsia de Vilo Corial?

Quando existe um histórico de doenças genéticas na família ou quando a mulher já teve um filho com problemas congênitos.

Nesses casos, em que há maior urgência, a biópsia de vilo corial apresenta vantagens em relação à amniocentese, pois pode ser realizada ainda no primeiro trimestre (entre a 10.ª e a 13.ª semana de gravidez), permitindo diagnosticar mais cedo a existência de malformações.

Quais são as principais anomalias e doenças diagnosticadas pela Biópsia de Vilo Corial?

Anomalias cromossômicas

A biópsia de vilo corial diagnostica a maior parte das alterações cromossômicas, incluindo a Síndrome de Down, a Trissomia 13 e a Trissomia 18. Além disso, também serve para diagnosticar alterações dos cromossomas sexuais, como as Síndromes de Klinefelter e de Turner.

Doenças hereditárias

Este exame diagnostica ainda doenças hereditárias como a Fibrose Cística, a Anemia Falciforme e a doença de Tay-Sachs.

Existem riscos para o bebê?

Sim, a biópsia de vilo corial acarreta um risco de aborto situado entre os 0,5 e 1 por cento, o que é um valor ligeiramente superior ao risco associado à amniocentese (0,25 a 0,5 por cento). No entanto, em ambos os casos trata-se de um risco bastante diminuto.

Como é realizada a Biópsia de Vilo Corial?

Biópsia do Vilo Corial
Foto: Dollar Photo Club

A biópsia de vilo corial pode ser realizada por via abdominal ou por via vaginal, dependendo da posição da placenta no momento do exame.

Em ambos os casos é inserida uma agulha na placenta, de forma a retirar uma amostra, sendo o processo monitorado através de uma ultrassonografia, que vai permitir ao médico guiar a agulha.

No caso da biópsia ser realizada por via abdominal, é geralmente aplicada uma anestesia local antes de ser realizada a punção (inserção da agulha na barriga).

O exame dura normalmente cerca de 10 minutos e é bem tolerado pela maioria das mulheres, que o consideram desconfortável mas não doloroso.

Contraindicações da Biópsia de Vilo Corial

Pelo risco de aborto que acarreta, a biópsia de vilo corial está contraindicada para mulheres com história de abortos espontâneos durante o primeiro trimestre. Além disso, quando a gravidez é diagnosticada tarde pode já não ser possível realizar este tipo de exame, optando-se em vez disso pela realização de uma amniocentese.

Diferenças entre a Biópsia de Vilo Corial e a Amniocentese

Apesar de serem exames muito parecidos, existem diferenças fundamentais entre os dois:

  • A Biópsia de Vilo Corial é realizada apenas durante o primeiro trimestre (entre as 10 e as 13 semanas) e serve para diagnosticar unicamente anomalias cromossómicas e problemas hereditários, sendo mais indicada para casos em que existe história prévia de malformações.
  • A Amniocentese é realizada durante o segundo trimestre, entre as 16 e as 20 semanas e permite diagnosticar, além de anomalias cromossômicas e problemas hereditários, problemas de formação do tubo neural como a Espinha Bífida e a Anencefalia. A amniocentese é mais indicada quando o único fator de risco é a idade da mãe e o exame de translucência nucal apresenta um alto risco de anomalia.

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