Quais são os sintomas de pré-eclampsia?
Saiba o que é a pré-eclampsia
A pré-eclampsia é uma condição potencialmente grave que pode surgir durante a gravidez e tem como sintomas mais comuns a pressão arterial elevada e a presença abundante de proteína na urina.
Se não for controlada, a pré-eclampsia pode evoluir para eclampsia que se caracteriza pelo aparecimento de convulsões e pode levar à morte.
A pré-eclampsia tende a surgir durante o terceiro trimestre, depois das 26 semanas embora em casos raros possa aparecer antes. Há também a possibilidade rara da mulher sofrer de pré-eclampsia após o parto.
Como reconheço os sintomas de pré-eclampsia?
Se você for afetada por esse problema é provável que de início não se aperceba de qualquer sintoma, sendo normalmente o seu médico quem detectará o aumento da pressão arterial ou a presença de proteína na urina.
No entanto, à medida que a doença evolui você poderá ter alguns dos seguintes sintomas:
- Dor de cabeça
- Perturbações da visão
- Vômitos
- Mau-estar geral
- Dor abdominal (abaixo das costelas)
- Aumento súbito de peso (devido à retenção de líquidos)
- Redução do volume de urina
- Inchaço nas mãos ou rosto
O inchaço nas mãos ou rosto é um sintoma que permite suspeitar de pré-eclampsia, pois embora durante a gravidez a retenção de líquidos seja comum, ela acontece normalmente na parte inferior do corpo, particularmente nas pernas e tornozelos. Por isso, se tiver um inchaço súbito nas mãos ou rosto, deve falar imediatamente com o seu médico.
Apesar dos restantes sintomas serem comuns aos de uma gravidez normal, você deve falar com o seu médico se os sintomas forem mais fortes do que o habitual ou se estiver preocupada com a possibilidade de sofrer de pré-eclampsia.
Quais são os riscos para a grávida?
A pré-eclampsia causa constrição dos vasos sanguíneos, o que pode levar a complicações muito graves para a mulher, como falha renal, complicações hepáticas ou acidente vascular cerebral.
Em casos extremos, pode evoluir para eclampsia causando convulsões, síndrome HELLP e falha generalizada dos órgãos.
Quais são os riscos para o bebê?
Devido à menor circulação de sangue, o bebê corre o risco de se desenvolver mais lentamente, o que pode resultar em baixo peso à nascença e uma maior fragilidade durante a infância. Além disso, devido à possibilidade do parto ter de ser induzido para proteger a vida da mãe, aumenta também o risco de que o bebê nasça antes do tempo, com todos os problemas associados a um parto prematuro.
Quem corre maior risco de desenvolver pré-eclampsia?
A pré-eclampsia é mais frequente na primeira gravidez, atingindo especialmente mulheres com idade acima dos 40 anos e mães adolescentes. Além disso, outros fatores poderão estar associados ao desenvolvimento de pré-eclampsia:
- Diabetes
- Hipertensão
- Obesidade ou sobrepeso
- Gravidez de gêmeos
- Pré-eclampsia numa gravidez anterior
Qual é o tratamento da pré-eclampsia?
Normalmente, uma paciente com pré-eclampsia é aconselhada a permanecer na cama, o que poderá ser feito em casa, sendo também receitados medicamentos para controlar a pressão arterial. Em casos mais graves, poderá ser necessário o internamento a fim de que seja feita uma monitorização mais rigorosa da saúde da mãe e do bebê.
Se a pré-eclampsia acontecer por volta das 37 semanas, a opção é normalmente de induzir o parto ou fazer o bebê nascer através de cesariana, pois após o nascimento os sintomas da pré-eclampsia desaparecem.
No caso de ser diagnosticada antes das 37 semanas, os médicos poderão optar por esperar mais um pouco ou tentar acelerar o desenvolvimento pulmonar do bebê com corticosteroides, de forma a minimizar as sequelas de um parto prematuro.
Como posso prevenir a pré-eclampsia?
Não existe uma fórmula para isso, mas um estilo de vida saudável pode ajudar bastante a reduzir alguns fatores de risco como a obesidade ou a hipertensão.
Por isso, tente fazer uma alimentação equilibrada e arranjar tempo para fazer um pouco de exercício, melhorando assim sua condição física e diminuindo o risco geral de desenvolver doenças durante a gravidez.
Além disso, se você estiver atenta aos sinais e tiver um acompanhamento correto da sua gravidez, as chances de ter uma gestação saudável aumentam consideravelmente.